CALL - O primeiro capítulo



Essa é uma historia para um livro que eu estava criando para lançar no wattpad, mas provavelmente eu não vou poder terminar, então, vou postar o primeiro capítulo aqui.



Capítulo 1:



A ambição maliciosa corrói e destrói os homens.
Assim, perecem nas próprias cinzas.







Um frio incessante percorria os cantos úmidos e apertados do porão onde, por um longo tempo, se escondia Analice e seu irmão a espera de seu pai, que fora olhar sorrateiramente pela janela da sala na penumbra do seu jardim. Tudo parecia quieto – exceto por alguns passos, que por alguns segundos eram ouvidos pelas extremidades de cima do local onde estavam – até que a porta se abre, os dois irmãos sorriem por um tempo e são interrompidos pela fala de seu pai – Temos que sair daqui.
-Pai? O que foi? – Ana pergunta, assustada com a expressão horrível que seu pai fizera.
-Só façam o que eu mandei! – Exige Chris, que já estava avançando a cozinha como se procurasse algo.
Eles arrumam quase três malas cheias de roupas e alimentos, Chris torcia para que aquilo fosse apenas mais um pesadelo – “Talvez eu acorde e isso seja apenas um sonho” – Ele pensou. Passos e gritos abafados são escutados do lado de fora da casa e cada vez mais ele começa a acreditar que tudo aquilo é real, pois ele pegou vários objetos no qual esperava protege-los neste caso, como facas e uma pistola no qual ele tinha sempre a sensação de que usaria um dia.
-Vamos, todos para vã!
Eles foram em fila em direção a garagem, Analice e seu irmão Enzo andavam logo atrás de seu pai, quando são interrompidos no caminho por um ser pútrido, com uma aparência horrível e cheiro comparado a carne estragada, no qual corria em uma velocidade incrível em direção ao trio.  Chris não tinha a mínima ideia de como reagir, nunca tinha usado uma arma antes – Pensou ele: “Só preciso apertar o gatilho”. Tudo estava acontecendo muito rápido, o ser estava uns 5 metros, quase ao alcance deles até que...
Peeehhinngg!
Era possível ver ossos e cartilagens voando juntamente com um líquido escuro por toda a parte, era Josh, seu vizinho, que acertou em cheio a cabeça daquele monstro com um machado. Josh era caminhoneiro, mas também lenhador nos finais de semana, estava vestido com calças jeans e botas pretas de borracha (que faziam um barulho bastante irritante).
- Vocês não viram os noticiários? – Exclama ele – Vocês poderiam ter morrido!
- Noticiários? O que está acontecendo? – Chris responde.
- Acho que não temos muito tempo, estou indo para o Sul, e vocês?
- O que tem no Sul?
- Eu te conto no caminho – Franziu o rosto.
Chris entra na garagem e estaciona a vã ali mesmo no gramado. Todos entram e Chris aperta o acelerador como nunca tinha feito antes, derrapando muita, mais muita grama – Grama está na qual ele ironicamente tinha cuidado sua vida toda e lutado para que ninguém ousasse entrar em sua área particular. Era possível ver pelo retrovisor vários daqueles seres correndo em direção a vã, mas sem chance de alcança-los. Olhando atentamente poderiam ver cenas perturbadoras – Não olhem para trás. – Diz Chris para seus dois filhos que estavam sentados no banco de trás, se esgueirando para observar aquilo.
- Não acredito que isso está acontecendo – Chris suspira enquanto dirige – O que é aquilo? – Ele pergunta, esperando uma resposta mais confortante.
- Aquelas coisas medonhas? Não as reconhece de algum lugar? – Josh responde, com um tom sarcástico. – São Zumbis cara! Como em Resident Evil ou aquelas séries que passam na tv a cabo.
- Ah ótimo, zumbis. – Diz Chris, tentando esconder sua tensão – Como isso aconteceu?
- Sabe aquela Instituto bilionário onde testavam um monte de porcarias com cadáveres e cobaias humanas? Então, acontece que alguma coisa saiu do controle e tudo foi infectado. Parece que o governo só soube do incidente depois de 8 horas, tempo suficiente para aqueles mordedores fazerem milhares de vítimas. – Josh fala enquanto tira alguns objetos de sua mochila – Foi o instituto, a vila, depois a cidade e sabe lá até onde se alastrou.
- E o que tem no Sul?
- Uma esperança. – Josh responde, enquanto carregava sua pistola Night Hawke Calibre .50 – Dizem que há uma barricada, na verdade um “forte” gigante, feito pelo governo, onde várias tropas protegem todos os “saudáveis” ali dentro.
- Você sabe mais ou menos a quantos quilômetros fica esse Forte? – Chris pergunta, olhando para o visor de gasolina do carro.
- Não tenho a mínima ideia. – Respondeu enquanto recarregava a última arma de sua mochila.
Enquanto Chris acelera a caminho do Sul, Josh liga o rádio do carro na esperança de sintonizar algum canal no qual tenha pelo menos alguma música – Preferivelmente Rock – para se encaixar perfeitamente com a cena, mas sem sucesso. Tudo estava na mais completa estática. Analice e seu irmão estavam comendo alguns salgadinhos dos quais estavam em uma das malas que eles levaram com eles.
- Já estamos no mesmo caminho a horas – Chris suspira.
- Calma, acho que já...
- O que? Só me faltava essa! – Diz Chris, olhando para o painel do carro.
- O que foi?
 Para o espanto de todos, havia muita fumaça saindo pelo capô, mais especificamente pelo motor, que aos poucos o carro foi diminuindo a velocidade até parar por completo.
- Me parece que não vai ser tão fácil quanto eu imaginei. – Diz Josh, com um ar irônico.

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